sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pequeno canto de flor


Estou nua.
Existo em infinitas flores que despedaço e lhe entrego.
Tenho nas mãos feridas,
todo o tempo e memória, olha!

Abro-as como o peito,
os dedos e o ventre.

Estou nua,
para que eu não me encerre em meus fins, lhe entrego.
Toma-me os olhos com cuidado, porque sou terra, também sei voar.



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