Todos me tomam
menos a Flor de Urucum,
que eu audaciosamente chamo de florzinha de urucum
e lhe mando canções e lhe escrevo versinhos:
Ó belíssima Flor de Urucum, que és pequena e
poderosa e sabidíssima,
tens lábios que nunca provei mas os sei
doces, doces e doces
Ó singelíssima Flor de Urucum, que tens a nuca
emoldurada por desenho vermelhíssimo, pintado
por mãos de Monet à Dali.
Ó encantadora Flor de Urucum, que estás no elevado
pedestal catedrático de onde julgas todos os seus
reles aprendizes...
Olhai,
minha flor de urucum, sou eu.
Esperava há anos para ler tua mão
e ao dizer que não leio mãos, beijar suas mãos
e ao dizer da beleza de suas mãos e braços,
beijar teu colo.
Olhai,
Passarinho-flordeurucum,
sou eu, que das vontades de tua beleza não sabia,
e assim me aprazia
maldizer-te.
Atenta.
Poema do urucuzeiro, bem-vinda dos sonhos mil...
escuta,
sou eu.
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