segunda-feira, 20 de maio de 2013

Das vigarezas



Vem, Dragoa Mater de palavras veludosas
Vem cantar teu canto de Medusa
Da sabedoria e sabida que és não sabes que em terra
de cerrado ninguém dança greco music?

Nem que neta de Dona Lió não cai no conto da vigária?

Sabes não? No Oriente pode ser bicho sagrado, consagrado,
de papel passado, doutorado, talis coisas e coisas e talis.

Te oriente! Meu mestre falou:
- Malandra é Malandra e Mané é Mané!
E o dono de toda esperteza na hora da proeza
deixou a peta cair no chão...

Aqui não!
Não venha me dizer que é coisa de Satã
Que o Diabo demonhudo que por acaso é muito amigo meu,
me disse que não tem parte contigo.

Guarda teu canto Dragoa, tu não me comove
E se eu não te cuspo, pode ter certeza
É só pra não gastar saliva.


                               

domingo, 5 de maio de 2013

Cavalo doido

Se dessa vontade de sair do mundo
surgisse uma vontade de normalidade
saíria por aí
concordando... concordando... concordando...

O problema, o diabo ou o vermelho de tudo
é que eu não caibo em mim
meu corpo é meio pluma meio pedra
E o coração nunca foi meu

A paz, bicho endemoniado
vive sorrateira
olhando de canto
assoviando e fugindo de mim
se encosta um minuto e vai embora
deixando o redemoinho

Eu não aceito
E se me calo engasgo
Meus olhos não se dão com meia cor
Queria ser um cavalo.

















Cavalo e Guerreira - Tela de Cardozo Vieira